Carbón (tradução)

Original


Anaju (ES)

Compositor: Ana Julieta Calavia / María Zahara Gordillo / MARTI PERARNAU VIVES

Seu nome rimava com o meu
Seu pai era mineiro
Ele sempre disse a ela e ao seu cabelo
O perigoso que é o carvão

Todas as noites ele repetia
E nem com isso conseguiu
Aquecer as mãos
Depois do dia de trabalho

De criança sempre uma marca de carvão na bochecha
O carinho que ele deixava toda vez que voltava
E este sempre suportou noite e dia
Uma marca no erequé, mesmo que queira, não se esquece

Todas as noites ele repetia
E nem com isso eu consegui
Aquecer as mãos
Depois do dia de trabalho

Aquele ano foi difícil, percebeu-se
Havia alta demanda por carvão
Os turnos na mina foram dobrando
O pai não chegava
O Balde o fogo e seu cheiro

Todas as noites quando ele voltava
Ainda estava frio e frio se sentia
E lá no fundo eu ficava
Agravando minha dor

O trabalho não perdou um sò dia
Minha pequena Catalina o sofreu
Durou tanto como o tempo que restava ao meu mineiro
Com a primavera o fogo foi embora

Naquela noite não houve carvão
Não havia prato, fumaça ou calor
Só ternos pretos, mãos frias
Que eu mantenho para sempre nesta música

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